Olá
pessoal, tudo bem? Espero que sim, eu estou melhorando, de mais
uma crise da fibromialgia, fazendo repouso, tratamento na clinica da dor
com bloqueio simpático venoso de lidocaína, com medicamento para dor a morfina,
além do que já faço uso, fazendo natação como atividade física e voltei a
fazer o tratamento com a psicóloga.
Mas
a postagem de hoje vou falar de outro assunto. Venho recebido muitas mensagens
positivas do blog e do instagram @arosinhaeolupus e hoje vou falar o motivo de
fazer “um livro aberto na internet” sobre mim.
Conheço
muitas pessoas que não falam sobre as doenças, são portadoras, mas preferem
viver como se não tivessem, e muitas vezes nem a família sabe, isso porque tem
medo de serem tratadas com pena, de não serem compreendidas, de lidar com o
preconceito de todos ao seu redor.
Ainda
ouço pessoas me dizerem: - Quanto menos souberem da sua vida, mas você será bem
sucedida. – O que ninguém sabe ninguém estraga! – Não sei pra que você fica
postando sua vida na internet, tudo que você faz, fica postando sobre sua
doença, não tem necessidade disso.
Pois
então, venho aqui contradizer todos esses comentários maldosos e sem respaldo. Há
3 anos e 8 meses tenho esse blog que traz informações desde antes de ter o
diagnostico das doenças, até depois, como é minha vida diariamente,
tratamentos, ajudas. Há 1 ano e 6 meses criei a instagram @arosinhaeolupus com
o objetivo de divulgar o blog e de passar informações e cuidados com as
doenças. Desde então tenho conhecido diversas pessoas do Brasil todo, hoje
tenho algumas mulheres fortes que se tornaram minhas melhores amigas e juntas
enfrentamos diariamente as dores das doenças, além dessas amigas, recebo
constantemente mensagens de agradecimento por compartilhar a minha história e
inspirar elas a ter forças e continuarem lutando. Ver essas pessoas conseguirem superar as doenças, e ter forças para continuarem mesmo com dores, não tem preço, a gratidão que elas tem por mim então nem se fala. Consegui fazer uma rede de
amigas no instagram de pessoas que compartilham da mesma dor, e ajudam umas as
outras diariamente com mensagens positivas e compreensivas por entenderem as
doenças umas das outras.
O
meu objetivo não é me aparecer por fazer o bem, por ajudar o próximo, muito
pelo contrário, quero apenas dizer que Dor compartilhada é dor diminuída, e
muitas pessoas quando buscam compartilhar suas dores com pessoas que passam
pela mesma dor se sentem ainda mais aliviada.
Conto
minha vida como livro aberto para que amigos, familiares, pessoas ao meu redor
entendam sobre as doenças, e possam não só ajudar a mim, mas também a pessoas
que tem as mesmas patologias e não sabem o que fazer. Em nenhum momento quis
que tivessem pena pelo meu sofrimento, até porque eu não sofro, vivo muitos
momentos felizes na minha vida, mesmo com as doenças, e isso que quero mostrar
para o mundo, é possível sim lidar com as dores!
Não
devemos julgar sem saber o que tem por trás da historia, as dores que insistem
em me visitar durante todos esses anos sem ser convidada, visitam também
milhares de pessoas em todo o mundo, e muitas não sabem como lidar e o que
fazer, ajudo com muita alegria, pois só quem passa pelas dores sabe o quanto
ela é dolorosa.
Essa
postagem pode ser de ajuda para pessoas que passam por isso ou conhecem alguém,
não deixe de compartilhar. Obrigada a todos que me acompanham! Críticas,
sugestões e dúvidas só deixar nos comentários.
Sim, eu acredito no amor!
A rosinha e o lúpus
Emilly Belandi de Araújo